SONÂMBULETEIRO

(Sócrates Di Lima)

Levantei-me em alta noite fria,

Vesti-me a caráter e sai.,

Cuidadosamente desci a escadaria,

E pelas ruas sozinho eu segui.

Subi e desci plataformas,

Cruzei pontes e estradas.,

Viajei de todas as formas,

Na busca das histórias sonhadas.

Nesta minha inusitada viagem, tive muita sorte,

Fui imponente, um garimpeiro do amor.,

Fui Don Juan, quiçá Don Quixote,

Violeiro, cancioneiro, um boêmio cantor.

Naveguei mares descortinados,

Toquei berrante e flauta envelhecida.,

Fui gondoleiro em veleiros desvelejados,

Voei sem asas, em nuvem ensandecida.

Sobretudo, nesta minha inusitada viagem,

Encontrei um par de olhos de brilho imenso.,

Um sorriso que jamais esquecerei a imagem,

Um amor encontrado e de desejo intenso.

Depois de tantas peripécias macomunada com a liberdade,

Retornei aliviado e sem nenhum escândalo.,

Ao retornar ao leito, livre e com a maior felicidade,

Mas me acordaram, então descobri ser um sonambuleteiro.

(Em 20/01/2009 – Registrado)

Apenas um poema

Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 20/01/2009
Reeditado em 14/11/2010
Código do texto: T1395313
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