Nietzsche, atim! Flores do bem...
(Para minha psiquê dengosa)
Negação
Nega a ação
Nega, Nêga
Cansei de ouvir palavras repetidas
Meu sangue anêmico precisa de novidade
Minha alma está se debatendo numa caixa de vidro e sem ar
Fugir fugir fugir
NÃO
Encarar encarar encarar
Com que cara, hein?
Oscilando dentro das suas verdades construídas
Arrastada pela marola
Navegue, Nêga
Navegue
Nau
frágil
Abasteça-se dos cardumes beliscantes
Vire fera
Felina
Fuja da água
Morra na praia
Ensandecida Alma de inquieto frescor reverberado neste corpo velho
Serpenteie-se na areia
Troque sua casca
NOVA
NOVIDADE
NADA
ADIANTA
MAIS UM PASSO
ESTENDA A MÃO
ESPERE
Ninguém a puxou?
TENTE A LÍNGUA
Ninguém a entendeu?
Nega, Nêga!
Negra Alma, limpa e pura,
Não a todos
SIM a você (só não se deixe indefesa e inocente)
No mais, mire as flores do jardim!
(pardon baudelaire)
ODE A PALAVRAS MORRIDAS (de POTY)
Contaminante efeito
de palavras embriagantes
sufocada voz constante
queira, por gentileza,
Calar!
ressoa em memoria
recua ante a hora
de não mais palavra
ser sem medo,
sem falar
covardia tentadora
tentáculos invisiveis
te roubam palavrinhas
sorrateiro o sentido
indignos usuários
dos frutos de sua essência
renegai palavras esses
lábios q te cuspem
frases que mentem
amor ou paixão ardente
renegam, os infiéis
Rebelem-se do crimes
que nos infligem
a vos a honra
e ainda inconseqüente,
flagelam corações crédulos
indefesos e inocentes.