Nietzsche, atim! Flores do bem...

(Para minha psiquê dengosa)

Negação

Nega a ação

Nega, Nêga

Cansei de ouvir palavras repetidas

Meu sangue anêmico precisa de novidade

Minha alma está se debatendo numa caixa de vidro e sem ar

Fugir fugir fugir

NÃO

Encarar encarar encarar

Com que cara, hein?

Oscilando dentro das suas verdades construídas

Arrastada pela marola

Navegue, Nêga

Navegue

Nau

frágil

Abasteça-se dos cardumes beliscantes

Vire fera

Felina

Fuja da água

Morra na praia

Ensandecida Alma de inquieto frescor reverberado neste corpo velho

Serpenteie-se na areia

Troque sua casca

NOVA

NOVIDADE

NADA

ADIANTA

MAIS UM PASSO

ESTENDA A MÃO

ESPERE

Ninguém a puxou?

TENTE A LÍNGUA

Ninguém a entendeu?

Nega, Nêga!

Negra Alma, limpa e pura,

Não a todos

SIM a você (só não se deixe indefesa e inocente)

No mais, mire as flores do jardim!

(pardon baudelaire)

ODE A PALAVRAS MORRIDAS (de POTY)

Contaminante efeito

de palavras embriagantes

sufocada voz constante

queira, por gentileza,

Calar!

ressoa em memoria

recua ante a hora

de não mais palavra

ser sem medo,

sem falar

covardia tentadora

tentáculos invisiveis

te roubam palavrinhas

sorrateiro o sentido

indignos usuários

dos frutos de sua essência

renegai palavras esses

lábios q te cuspem

frases que mentem

amor ou paixão ardente

renegam, os infiéis

Rebelem-se do crimes

que nos infligem

a vos a honra

e ainda inconseqüente,

flagelam corações crédulos

indefesos e inocentes.

Juliana Canezim
Enviado por Juliana Canezim em 20/01/2009
Reeditado em 24/01/2010
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