Venus
Visitante, perdida, escrava da noite
Atravessando portas, batendo seus calçados...
...Como se quisesse ser notada
Despida de seus véus, rindo-se sozinha
Entra e aprecia a paz do que é inerte
Esforça-se para engatilhar somente quando preciso
Mas agora só está alí para desejar boa noite
Desta vez sim, somente boa noite
Como que seda partida se desfaz em lembraças
Em outro dia que se levanta
A fugir de calabouços magistrais
Imponente, dona das risadas e lamentações
Sabendo que colide com tolos, se faz de surda
Caminha e desfila, sedutora trabalha, certeira
Mas hora se irrita, e mostra a vertigem final
Quando a maior piedade é deixar o copo antes se esvaziar