DESCOBERTA

Aí eu me descubro me cubro,/
e curto, torço por amanhã,/
E amanheço crescendo,/
tecendo a teia da aranha, /
Que pelas entranhas saem,/
como o gosto da morte/
Corte, há cortes na minha,/
vida da vivência e contos/
Me encanto e descubro,/
que posso continuar/
Que devo seguir,/
pela estranha arenosa e vazia/
No caminho reto da covardia,/
aí me descubro,/
e com as mãos cubro o rosto,/
que se envergonha/
Como se a Aurora Celestial/
e abominável estivesse,/
me machucando, como garras/
Aí eu me calo e consinto,/
pressinto a chegada da razão/
Elevo em meus sonhos a paixão,/
como se fosse comum e normal,/
Viver a toa, como se não houvesse razão/
E a sombra do passado me corrói/
destruindo os meus erros/
Que enterrarei para não me ver/
para não me ferir/
e destruir o meu presente/
Colocando em foco o futuro esperado/
tão sentido, e lutado vencido,/
E caído na rua suja de sangue,/
e dor, aí eu fico rubro de Terror/
Olhando com horror/
aquele pedaço de tempo/
que falhei, que errei,/
E que temi nunca ser esquecido/
e nunca foi, como se/
Eu nunca pudesse morrer/
luiz machado
Enviado por luiz machado em 23/12/2008
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