Versos negros
Só o que os olhos alcançam
na neblina da manhã fria
vejo na rua sem saída
o precipício sem vida
Fantasmas surgem num sopro
palavras escorrem da boca
e o riso alcança os mares
mas tudo poderá ser sonho
O canto vem dos espíritos
carregam o som do vento
levam a mente a ver além
trazem a sombra do caminho
Corpos são atirados ao relento
máquinas sugam seus saberes
no profundo poço florido voarei
mas por mil vidas voltarei.
Facas furam os olhos turquesa
no escuro ficam os olhares
dentes rasgam a pele alva
trocarei a morte pela luz.