RECEBA-ME
Olho cego
Que mira o vértice
Das interpretações
Aproxima-me
Da sentinela do tempo
Reverberando-me ante o altar
Dos querubins.
Lucubração no silêncio dos campanários
Ira que mira
A dor silente
A navegar corpo e alma
Desaguando na foz da mente.
Luzes de velas toscas
Dançam anjos pelas paredes nuas.
Nuas...
Nuas...
Nuas...
Tão nuas as paredes.
Nuas nuances numa tela fria
Carmesim, ocre, magenta
Cores?!
Olho cego...
Luzes!...
Olho cego de cores
Ah, dor...
Mais que você, dor
Somente a indiferença.
Indiferença das palavras
Que esquartejam enquanto brincam
Numa ciranda
Repleta de indagações.
Doa em mim, dor maior
Doa em mim...
Receba-me
Como recebes a ti mesma
Encerrando cada partícula da existência minha
No silêncio que acompanha
O arrastar da tua eternidade.
www.luciahlopez.prosaeverso.net
Olho cego
Que mira o vértice
Das interpretações
Aproxima-me
Da sentinela do tempo
Reverberando-me ante o altar
Dos querubins.
Lucubração no silêncio dos campanários
Ira que mira
A dor silente
A navegar corpo e alma
Desaguando na foz da mente.
Luzes de velas toscas
Dançam anjos pelas paredes nuas.
Nuas...
Nuas...
Nuas...
Tão nuas as paredes.
Nuas nuances numa tela fria
Carmesim, ocre, magenta
Cores?!
Olho cego...
Luzes!...
Olho cego de cores
Ah, dor...
Mais que você, dor
Somente a indiferença.
Indiferença das palavras
Que esquartejam enquanto brincam
Numa ciranda
Repleta de indagações.
Doa em mim, dor maior
Doa em mim...
Receba-me
Como recebes a ti mesma
Encerrando cada partícula da existência minha
No silêncio que acompanha
O arrastar da tua eternidade.
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