Gemidos na Noite
Dezenhos em grafite,
rompendo o abstrato da vida,
metáforas, metades, profecías,
retiro dos objetos;
finjo que escrevo,
enquanto me encontro;
te olho e sei onde estás!
...te olho e sei onde estás!
num mar revolto navegas,
na imensidão do oceano,
me revolto, te vejo;
profecías que creio,
não leio jornais, anseio de que?
por que viver?
provérbios que escuto,
escritos eu leio;
decifres o sonho!
...e sem sono eu vou,
você ainda não viu o oceano,
minhas mãos tremem,
o dezenho abstrato se confunde,
mas o que quero é a vida!
o sentido, a passagem!
você é o universo, tão pequeno,
que não tenho...
no grafite do dezenho não te alcanço,
e se vai no abismo que te levam,
mas te tenho presa em mim.