ANTÍTESE
É pelo espelho que se vêm vidas, /
Que liga, um liga outro/
Que afrouxa o gosto, é perda/ A
perda da pedra frouxa/
É pelo lado que se notam frentes/
Que gente se vê diferente/
Que clareiam as vidas, mortas/
E criam vândalos e inocentes/
É no começo que se visam fins,/
Que afins ficam sem saber/
Que mesmo calados falam/
E buscam se entender/
É em uma hora que se notam dias /
Que adia o início final/
Que mesmo nu, canta/
E busca a palavra normal/
É pelo fim que se encontram/
Que nos meios descobrem começos/
Que assim calado, eu penso/
Ao menos um pouco mereço./