ANTÍTESE

É pelo espelho que se vêm vidas, /

Que liga, um liga outro/

Que afrouxa o gosto, é perda/ A

perda da pedra frouxa/

É pelo lado que se notam frentes/

Que gente se vê diferente/

Que clareiam as vidas, mortas/

E criam vândalos e inocentes/

É no começo que se visam fins,/

Que afins ficam sem saber/

Que mesmo calados falam/

E buscam se entender/

É em uma hora que se notam dias /

Que adia o início final/

Que mesmo nu, canta/

E busca a palavra normal/

É pelo fim que se encontram/

Que nos meios descobrem começos/

Que assim calado, eu penso/

Ao menos um pouco mereço./

luiz machado
Enviado por luiz machado em 01/12/2008
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