MENINO MORTO DE PORTINARI

E o nó na garganta
Desata em palavras
Que escorrem o poema
Lágrimas
Às sobras do menino
De pés e mãos...
Do não brincar
De olhos...
A não ver os meus
Todo à ele
Em meu colo
Entregue
Desde àqueles braços
Que da mão
Do pincel de
Um Portinari, do alto,

Dum outro azul:
- Ele é de todos nós!

 
DA MONTANHA
Enviado por DA MONTANHA em 30/11/2008
Reeditado em 22/04/2021
Código do texto: T1310854
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