ALEGORIA
Aí eu parto para o estupro e/
Nego a moral, legal/
Faço um tremendo bacanal/
Mas você não está nos planos/
Te engano, me esgano/
E reajo a uma solidão/
Onde o sossego me vê/
E eu fico na mão./
Subo a montanha/
Onde penso que sou, penso/
Sinto que vou, sinto/
E meu ser fica suspenso./
Reajo a guerra/
Faço uma alegoria,/
Unindo seu medo ao meu./
Desfaço, luto, estupro/
Sossego e nego a montanha/
Tenho e sou o que tenho/
Sinto sou o que sinto/
E minto e tenho/
E sou o que sou, eu./