ABSTER-SE
A saudade no peito entorta/
A dor no direito que temos de nos vencer/
A porta aberta dos sonhos/
Que apenas sentimos no ar/
Da morte nos sentido verbal/
E corta o corte que anula/
A cavalgada, e o anel/
Que corta o braço entorta/
Que sorte que corta/
Da morta simpatia simplória/
De malditas dores notórias, /
Nas proezas do corte/
Da vida que maldade,/
A bondade que faço/
Sem sentir alheio/
Dos olhos dos monstros na escola da vida./
Quantas vezes sonhei/
E nada adiantou apenas o que restou, /
Foram lágrimas secas/
Como concreto armado/
Quantas vezes solucei,/
E abracei minha verdade,/
Como se fosse a unidade/
Do puro e verdadeiro aroma/
Que me facilitou a dor/
E quando acordei notei/
A mudança e na sentença que ouvi/
Havia uma mudez gelada/
Nua da minha incerteza./
Havia um tremor nas pernas da verdade/
Que neguei dizer/
Havia uma claridade que ofuscava meus olhos/
Que ceguei por medo,/
Medo de me assumir, /
De redimir, de raciocinar/
E aí, como vaguei sem fim/
Como neguei a mim, Inimigos,/
Conhecidos e até meu Deus neguei/
Por covardia, pela simples valentia do covarde/
Que a verdadeira ignorância/