Dê-me Rosa [...]
Dê-me tua mão rosa despedaçada,
recolha teus espinhos verde-limão
de quando em vez voe sozinha
de quando em vez dê-me tua mão
dê-me um riso rosa supérflua
mesmo que minta por ventura
às custas d'amores maculados
pr'onde à alma sejas a cura
dê-me versos rosa poetisa
os mesmos do epitáfio tardio
que habita o teu livro moribundo
que vive de amor a morrer de frio.