NOS DIAS: O TREM
Os dias vagões
De um eu
No hoje a carregar-se...
Ontens a transbordar.
Estou na estação
Todo assim tão trem
A me ver chegar
Dos trilhos pensamentos
A ranger
Como que dentes
Apitam meu ir e vir
À uma plataforma lotada
Vagões e mais vagões
De mim tão carregados
Carregam-se no infinito
E ponho-me a misturá-los
Em noites do quando
Escrevo ou durmo
Em extenso silêncio/estação
Paradeiro de linhas
Desta composição parada
A dar-se um tempo
Que se dá ao tempo.
Me guardo em apito
Soou-me nele todo.
E ponho-me a rodar
Todo trem do eu.
E às linhas sinto-o em poema.
Os dias vagões
De um eu
No hoje a carregar-se...
Ontens a transbordar.
Estou na estação
Todo assim tão trem
A me ver chegar
Dos trilhos pensamentos
A ranger
Como que dentes
Apitam meu ir e vir
À uma plataforma lotada
Vagões e mais vagões
De mim tão carregados
Carregam-se no infinito
E ponho-me a misturá-los
Em noites do quando
Escrevo ou durmo
Em extenso silêncio/estação
Paradeiro de linhas
Desta composição parada
A dar-se um tempo
Que se dá ao tempo.
Me guardo em apito
Soou-me nele todo.
E ponho-me a rodar
Todo trem do eu.
E às linhas sinto-o em poema.