DESCORTÍNIOS

DESCORTÍNIOS

A cortina esconde a tarde,

o sol se põe em tristeza,

abraçam seus raios a colina,

mas não vislumbro o rubor do ocaso.

A cortina oculta o mundo,

a via láctea viaja no espaço,

pilota a lua a nave,

mas não vislumbra a luz das estrelas.

A cortina esconde você,

as roupas se espalham no quarto,

dançam fantasmas no escuro,

mas não vislumbro a cinza das horas.

Obs. Este poema foi publicado no livro Revelações do IIII Milênio, classificado em concurso da Secretaria de Cultura da cidade de Caçu – GO, lançado no último dia 18 de março na Bienal do Livro, em São Paulo.