CORAÇÃO EM CONFLITO

(Sócrates Di Lima)

Nosso coração diz que somos desesperados,

Que não temos a devida paciência.,

Mas ele sabe que é ele quem dá os recados,

É o comandante dessa nossa existência.

Este coração faz pouco de nós,

Bate aflito quando um amor demora em acontecer.,

Certo é que ele é demasiadamente feroz,

Por que nos faz muitas vezes de solidão padecer.

O “eu” tem suas razões,

Não é fácil lidar com esta indagação.,

São tantos apontamentos de acusação,

Que dá vontade de tudo “largar de mão”.

Somos o ego, o id e superego,

Somos as razões que fazem a diferença.,

E na ora da emoção, o coração é um “prego”,

Subornando-nos com sua inestimável crença.

O coração se acha o dono da nossa razão,

Se conflita em todos os sentidos até com a emoção.,

É dela que ele teria que se preocupar por precaução,

Do que nos envolver nesse sentimento de perdição.

Somos apenas invólucros de toda essa situação,

Somos cabeça, alma e fazemos parte dessa junção.,

Tanto a razão quanto a emoção, deveriam dar mão á mão,

E nos tirar dessas encruzilhadas por compaixão.

A verdade é que não tem jeito,

Nenhum de nós é perfeito.,

Quando um não pensa o outro padece,

E no final, tudo passa tudo se esquece.

E a vida segue seu destino,

Todos fazemos parte de um só corpo humano.,

O sofrimento faz parte da vida, é obra do Divino,

E não temos como mudar radicalmente este plano.

O que temos que fazer doravante,

É unir as forças para não sucumbir este homem.,

Pois, fomos nós quem o colocamos neste fardo incitante,

E pelo que sentimos, as dores do amor partido o consomem.

Fazemos então um acordo de cavalheiros,

Quando no coração, amores baterem á porta sorrateiros.,

Numa mesa redonda decidiremos seus paradeiros,

E para que não sofra novamente, dele seremos conselheiros.

(Em 31/10/2008)

Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 01/11/2008
Reeditado em 14/09/2010
Código do texto: T1259559
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.