ESTES TARADOS POETAS GREGOS
Vagueiam em meu peito
Fogosos guerreiros gregos
Escondidos há anos
Querendo logo sair de mim
Para voar nos pescoços
Dos parvos troianos, enfim!
Aonde estás Helena?
Este velho cavalo manco
Não aguenta mais
Guardar poemas
Estocar virtuais palavras
Rimas pobres de encanto
Forjando delícias amenas...
Deixa estes guerreiros sairem...
Deixa nobre Helena!
Estes tarados poetas gregos
Estão doidos para amarem
Ardem em meu estômago!
Só para ter tua beleza
Esmagar estes inimigos chatos
Para ver-te linda e tesa
Deixa os guerreiros te verem...
Deixa Helena!
Helena, será que és real...
Vales a pena?
De qualquer modo
Essa corja grega entoando hinos
Carece ser cuspida para fora...
Agita demais esta horda
Queimam amargo estes gregos
Agora remoendo meu intestino!
Helena, aonde estás?
Vejas lá se não demoras
Arrumes tuas madeixas
Chegou tua hora!
Meu coxo cavalo de Tróia
Já vomita gregos às tuas ordens
Que a vinda tanto queixas,
Gritando em paranóia!
Aonde estás Helena?
Enroles tuas trouxas
Corres que vamos embora
Os gregos estão malucos
Devassos que te devoram
Ninguém mais segura
Estes Zorbas caducos,
Ausentes de qualquer glória!
Vou terminar este poema agora!
Que está ficando quente
(Deixo o resto do caso a Homero
O poeta mais talentoso de todos
Que ele narra melhor este despaltério
E para de quebrar-me os ossos...)