Crepúsculo Trevoso
Enforque-se, meu amigo
Não precisas mais sofrer
Então siga o próprio perigo
Pois agora há o perigo de ser
Não esqueça da nossa missão
Tirar você da própria noção
Da razão, da vital evasão
Torna-te uma pura divisão
Acredites, tente acreditar
Podes sim, com tudo acabar
Está tudo em teu sub-consciente
As mentiras da sua própria mente
Cala-te, bastardo! Não fales nada!
Não vês que a tua vida está acabada?
Chora pelos cantos, avassalado!
Aguente e sofra com tudo, calado!
Traíste, mentiste, encenaste!
Quero que de mim, se afaste!
De toda a eternidade, imensa.
Não vou aderir à sua crença!
Enforque-se, meu amigo
Não precisas mais sofrer
Então siga o próprio perigo
Pois agora há o perigo de ser
O perigo de ser o que isto é
Enganou-me com a sua fé
Fé do medo, fé da culpa
Com isto, aproveita e usurpa!
Usurpa tudo de mim, até a alma
Deixa-me em prantos, com trauma
Como podes dizer que és superior?
Se mentes para mim que isto é dor?
Já me curei e logo retribuirei
Da maldição que agora tu levas
Eu nunca mais a possuirei
Te passo a dor que a chamo de trevas!