Lágrimas
Um rio chamado: lágrima
Afunda a Torre de Concreto
Que um dia uma estrela
Ascendeu a luz.
Porque viver nunca é preciso
Digerir sonhos, não mais.
São silêncios pronunciados
A cada verso que rasgo,
O lápis já não escreve,
Inclinado num sono sem mundo.
E a dor dos meus olhos
É cova funda
Febre imposta
Nas frívolas águas
Que enterram a Torre
E o resto: é lágrima.
São Paulo, 11 de Outubro 2008.
Jane Krist