Escorre pelos dedos...

A casa de gelo entre bananeiras

Derretia,

Nas folhas raios avermelhados

Refletiam...

Vi-me ali, estática.

Tentava apanhar toda água que escorria

Sem nenhum movimento.

Chuva de vidro

Cortes profundos deixam marcas

Coisa que o tempo não apaga.

Confiar que não verá

Ter e ver!

Certeza que não se deve entregar...

Afinal o clima não favorece

Cubos de cristal

Casa de gelo

Escorre pelos dedos...

Culpa?

Só do Aquecimento Global...