Em nada
Me vejo em nada
Do nada que não sou,
Entre palavras
De desejos brotantes.
Eu perco a palavra,
Não dita, pois já
Está olvidada.
Navego em desertos,
De idéias disformes,
Naufragando em
Lacunas de mares.
Tortuosos oceanos,
Escuros de sóis nunca
Nascidos...no fundo é nada.