Mulher
O corpo cálido dela ali estava
Frio como a lapide que a sustentava
Branca e pálida
Bonita mas gelada
Não tinha pulsação
Todavia isso me aflorava a emoção
Despertava minha paixão
E o desejo de dominação
Venere-la seria um prazer
Mesmo que morta
Ainda poderia me dizer
O que queria saber
Amo essa ingenuidade de menina
Tão feminina
Desabrochar sua rosa
Seria uma delicia
Mesmo morta tem cheiro embriagante
Seus lábios sem cor
Deixavam-me delirante
Deixa-me ser teu amante
Poderia te iniciar nessa vida
Não seria difícil para mim
Homem vivido
Homem de vida
Mas como não posso te trazer
E não posso te acompanhar
Vou com carinho
Ensinar-te amar
Morta ou viva tanto faz
Vou te ensinar amar
Para não passar por essa vida em vão
Em mulher vou te transformar