O Feitiço da Bruxa...
Na casinha próxima a clareira,
Com pedras e árvores, a sua volta;
A Bruxa sorrateira, traz a cesta, toda faceira,
Cheia de ervas, de qualidades diversas...
A bruxa é feia, não tem atributos de beleza,
Iguais as malévolas, que vemos na tela.
Olhar marcante, de brilho misteriosos...
Cabelos negros... Longos e soltos ao vento.
Pela janela, vislumbro a cena, depois que ela entra...
Com unhas longas e vermelhas, passa o ferrolho a porta.
Coloca a cesta em cima da mesa, e vira-se para a prateleira,
Cheia de frascos com cores diversas... Essências multicores...
Somente com a claridade da chama fraca da vela,
Percebo que tudo ao lado de seu caldeirão, coloca.
Inclusive as ervas, que trouxe em sua cesta.
Joga os cabelos para trás das costas, acende a fogueira.
Labaredas rápidas incendeiam o fundo do bronze.
Começa a abrir vários frascos e derrama líquidos.
Mistura as ervas e de um pequeno saquinho, tira um pozinho.
Cantando a estranha canção ela dança, em volta do caldeirão.
Como um ritual, erguendo os braços, algo invoca.
A porção a ferver e bulir, soltam fachos de luzes.
Em encanto curioso mas não macabro, desvendo...
Com uma concha retira o líquido e completa um cálice.
Sorve lentamente, enrubesce a face, se torna mais calma.
O brilho no olhar modifica... De misterioso torna-se suave,
Corpo sensual se apresenta, de bruxa transforma-se fada.
Uma magia de transformação. Uma porção pra lá de encantada