Espelho da superstição

Sete anos de azar,

Ou sete anos de sorte?

Azar por ter quebrado o espelho

Que refletia minha estranha face.

Reluzia olhar cintilante,

Por vezes latejando à íris.

Pretensão em dizer,

Que mero azar se transformou em sorte.

Sorte por não poder ver mais refletida,

Minha estranha feição,

Meus trejeitos indiferentes.

Dos estilhaços de vidro,

Sobraram partículas de um rosto.

Imagens sombrias e esfaceladas,

Ora azarada,

pseudo-sortuda assombrada,

Pelo chavão dos “sete anos”.

18/09/08

Giovana Segala
Enviado por Giovana Segala em 19/09/2008
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