Espelho da superstição
Sete anos de azar,
Ou sete anos de sorte?
Azar por ter quebrado o espelho
Que refletia minha estranha face.
Reluzia olhar cintilante,
Por vezes latejando à íris.
Pretensão em dizer,
Que mero azar se transformou em sorte.
Sorte por não poder ver mais refletida,
Minha estranha feição,
Meus trejeitos indiferentes.
Dos estilhaços de vidro,
Sobraram partículas de um rosto.
Imagens sombrias e esfaceladas,
Ora azarada,
pseudo-sortuda assombrada,
Pelo chavão dos “sete anos”.
18/09/08