TREVAS INTERIORES
Na sombra da morte
Eu me faço de forte
Porem minha coragem
É mera passagem
Pois no seio da briga
Que me arrasa e fustiga
Sou um reles brinquedo
Mas foi o golpe inclemente
De um discurso fluente
Que em fugaz trajetória
Deixou como história
Minh'alma ferida
Desta luta sem fim
Que dá cabo de mim
Não sei como sair
Estou bem vigiado
Cruelmente algemado
Pelo cão da moral
Esse vil general
Que se alia ao Morfeu
E no sonho que é meu
Consegue chegar
Eu rezo,eu choro
Eu grito e imploro
Mas ninguem me escuta
É que estou numa gruta
E da prisão do meu eu
Não sei como escapar.