Secular hibernação

Vi uma luz, bem lá ao fundo,

Caminhei sem pressa em sua direção,

Ela estava lá... me esperaria chegar;

Mas, qual, quanto mais caminhava menos chegava;

Fiz inscrições nas paredes da caverna

Tal um eremita troglodita; Olhei a luz...

Continuava lá, reluzente, atraente, empolgante,

Mas inatingível, distante;

Calmo que sou e, sem pressa. resolvi hibernar;

E hibernei.................................................

Quando dei por mim estava adernando

em mar revolto, num céu claro, sem nuvens

Nem ventos, mas em gigantescas ondas

Que invadiram minha caverna

Lamberam meus rabiscos e me tiraram o chão;

Acordei suado, jurando que não hiberno mais.

Até reencontrar aquela luz.

Vander Dunguel
Enviado por Vander Dunguel em 11/09/2008
Reeditado em 27/12/2008
Código do texto: T1173632
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