OFICINA DE PALAVRAS
No porão da memória
Uma bancada de poemas inacabados
Rodam
Carrossel
Cavalos amorfos imóveis
Palavras travas
De sonhos quimeras
E eu a reciclar
Juntar
Esfregando-as umas às outras
A espera da explosão dos sentidos
Contidos
Unidos
No inibido de ser
No vão das palavras
Soltas
Loucas
No esmo das frases ditas
E não sentidas
E no contrário
E as infinitas bocas
Sãs
Loucas
E o que dizem ou não
À cabeça
Frases palavras
Que retinem emblemáticas
De sentimentos infindos.
Somos poemas
Inacabados rodamos
Em torno de frases
Em parágrafos do que já começa
A acabar
Em vírgulas
Esperas
E o texto da textura de ser
E o é frágil das coisas
Tudo contido
Algumas vezes descrito
Outras não
Extensa paisagem que é viver.
No porão da memória
Uma bancada de poemas inacabados
Rodam
Carrossel
Cavalos amorfos imóveis
Palavras travas
De sonhos quimeras
E eu a reciclar
Juntar
Esfregando-as umas às outras
A espera da explosão dos sentidos
Contidos
Unidos
No inibido de ser
No vão das palavras
Soltas
Loucas
No esmo das frases ditas
E não sentidas
E no contrário
E as infinitas bocas
Sãs
Loucas
E o que dizem ou não
À cabeça
Frases palavras
Que retinem emblemáticas
De sentimentos infindos.
Somos poemas
Inacabados rodamos
Em torno de frases
Em parágrafos do que já começa
A acabar
Em vírgulas
Esperas
E o texto da textura de ser
E o é frágil das coisas
Tudo contido
Algumas vezes descrito
Outras não
Extensa paisagem que é viver.