Cristais de gelo no sol do meio-dia

Tentar buscar

sem nunca saber

lembrar-se dos míticos ancestrais

da vida em cada um de nós.

De todos os mundos

possíveis e impossíveis

quero recordar-me

quando o trem chegar

e você partir.

Minhas lembranças de Atenas

vontades e desejo

rasgam,

dilaceram a minha carne

como cristais de gelo ao redor do sol

pétalas de areia na lua

e fagmentos de estrelas.

Teu nome está inscrustado nas rochas,

nas ondas, nos seios de uma sereia.

Teu nome guerreiro

dentro do meu sangue negro-azul.

Eu nem diria se soubesse

as letras sagradas de teu nome angelical.

Eu não diria

porque eu sei

e a verdade basta-me.

E você flui

como o vento: cristais de gelo no sol do meio-dia.

Asas de anjo rasgando o céu vermelho no meio da tarde.

Verônica Partinski
Enviado por Verônica Partinski em 29/08/2008
Reeditado em 29/08/2008
Código do texto: T1152394
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