Vício
Cabeça atordoada
Cheias de questões
Mente bloqueada
Sem rumo e opções
Um meio de fugir
Desse fastio doentio
Que me domina que me prende
Paralisa-me o olhar
Um olhar assustador
Um olhar frívolo
Cansado e com sono
Desse vício alucinatório
Um carma
Um fardo
Carregado nos ombros
Carregado nas costas
Um grito no silêncio
Uma explosão na alma
Corpo cansado
Maltratado
Surrado pelas horas
Sem esperança
Não pisco
Não como
Não durmo
Vivo e respiro
O meu vício crônico
Sou escrava dele
Escrava de mim mesma
Não vivo
Vegeto
Sem vida
Hiberno