Vício

Cabeça atordoada

Cheias de questões

Mente bloqueada

Sem rumo e opções

Um meio de fugir

Desse fastio doentio

Que me domina que me prende

Paralisa-me o olhar

Um olhar assustador

Um olhar frívolo

Cansado e com sono

Desse vício alucinatório

Um carma

Um fardo

Carregado nos ombros

Carregado nas costas

Um grito no silêncio

Uma explosão na alma

Corpo cansado

Maltratado

Surrado pelas horas

Sem esperança

Não pisco

Não como

Não durmo

Vivo e respiro

O meu vício crônico

Sou escrava dele

Escrava de mim mesma

Não vivo

Vegeto

Sem vida

Hiberno

Helena Wake
Enviado por Helena Wake em 29/08/2008
Código do texto: T1151558
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