ECOS
Tenho guardado em mim,
A cera derretida
De muitas velas,
O cheiro acre dos corredores,
Dos suores e dos cabelos queimados.
Das pedras desgastadas,
Dos gritos,
Das loucuras e dos medos.
Passeiam por mim
A longevidade da poeira úmida,
Dos pergaminhos
O segredo de todas as passagens,
A hora de todos os tempos.
Os mitos e os monstros
Arrastam-se
Nas câmaras das minhas lembranças.
O elo das correntes,
O gemido de muitas almas
Banhadas em pesadelos
Escorregam cobreando
No óleo santificado.
Correm pelas minhas veias as
Vicissitudes de cada dia
O choro das bocas
A lágrima de enxofre
O andar do carrasco
A fogueira da Inquisição
O tormento da bruxa
O perfume de mandrágora
O sangue da Medusa
O silencio do morto
O medo do inferno
As portas da loucura
O anjo decaído
O medo do escuro
A certeza do fim.
Tenho guardado em mim,
A cera derretida
De muitas velas,
O cheiro acre dos corredores,
Dos suores e dos cabelos queimados.
Das pedras desgastadas,
Dos gritos,
Das loucuras e dos medos.
Passeiam por mim
A longevidade da poeira úmida,
Dos pergaminhos
O segredo de todas as passagens,
A hora de todos os tempos.
Os mitos e os monstros
Arrastam-se
Nas câmaras das minhas lembranças.
O elo das correntes,
O gemido de muitas almas
Banhadas em pesadelos
Escorregam cobreando
No óleo santificado.
Correm pelas minhas veias as
Vicissitudes de cada dia
O choro das bocas
A lágrima de enxofre
O andar do carrasco
A fogueira da Inquisição
O tormento da bruxa
O perfume de mandrágora
O sangue da Medusa
O silencio do morto
O medo do inferno
As portas da loucura
O anjo decaído
O medo do escuro
A certeza do fim.