O Abraço Gelado

A morte é um medo que atinge muitas pessoas, ela parece lendária de uma certo ponto de vista, pois nunca achamos que iremos morrer, ou pelo menos parece impossível, pois nunca morrermos, quer dizer é muito óbvio que a morte é uma vez só na vida e ninguém quer ter tal experiência, mas se pensarmos bem na morte, ela é atraente de um jeito bem obscuro de se pensar.

Tem pessoas que acham que são imortais, se acham vampiros, mas até vampiro pode morrer, uma estaca de madeira no peito e see you baby. Reza a lenda.

A morte deixa de virar lenda, mito, irrealidade ou sei lá o que podemos dizer, até o dia que elas nos der um alô e nos levar. Mas como saber que sensação é de morrer, o sabor dela, será que é fria ou quente? boa ou ruim? Como é que será morrer? Fala a verdade, bate uma curiosidade, mas ao mesmo tempo aquele medo.

Claro que não estou fazendo apologia a um suicídio, não é isso, mas pensar na morte como uma amiga é um exercício bom. Calma não sou louca, você que está lendo vai me compreender, mas digamos que a morte seja a nossa melhor amiga. Ela está conosco sempre, dormindo, acordando, andando, nadando, correndo, estudando, na rua, em casa, na praia, em todos os cantos que estivermos. A cada segundo que se passa ela se aproxima de nós, ela é como a nossa sombra, já parou pra pensar se a morte não é a nossa sombra? veja a sombra da gente também está conosco, mesmo que apaguemos as luzes, ela está ali, só esperando ser exposta. A morte poderia ser representada pela sombra, já que a morte é abstrata em nossa mente.

Cada segundo que se passa a morte se aproxima dando mais um passo. Já ouviu dizer que quando as pessoas estão perto da morte um filme se passa na cabeça do da vida que levou o individuo? Seria os momentos finais de alguém que está pertinho de fazer uma viagem? Pode ser, ou não, mas uma coisa é certa, quando a morte chegar, e ela não irá avisar, mas irá dar um abraço gelado e num suspiro frio, ela irá te fazer adormecer para sempre e te levar para onde quer que for.

Helena Wake
Enviado por Helena Wake em 22/08/2008
Código do texto: T1141512
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