Xadrez de agonia
De um xadrez impessoal,
suaram sonhos amarrados,
com torres de escárnio colorido,
de ponta a ponta desprezíveis,
Rainha morta, mas puta de mãos duras,
Bispos alienados com rezas
de cicuta para desertar fés
incompreendidas,
Fiz-me cavalo de sussurros
aquáticos,
abraçado pelo sol desnivelado, quente,
que sem mãos faz
mais que um abraço
forte do mais belo sorriso
imberbe,
que já não sei o que criei
para me afirmar como brasa,
sinto-me sal,
de peito cristalino e derreado,
a lonjura de uma alma temperada pode ser,
deve ser,
a meia gente simples que
me falta para nunca
voar pelos limites do bairro
de mim,
acordo a saber a mal,
com o sangue que não corre,
com o cheiro da desfaçatez,
pedir sono de uma paz marcial,
será o que me resta para
voar a menos que
o xadrez em que me
transformei.....