Xadrez de agonia

De um xadrez impessoal,

suaram sonhos amarrados,

com torres de escárnio colorido,

de ponta a ponta desprezíveis,

Rainha morta, mas puta de mãos duras,

Bispos alienados com rezas

de cicuta para desertar fés

incompreendidas,

Fiz-me cavalo de sussurros

aquáticos,

abraçado pelo sol desnivelado, quente,

que sem mãos faz

mais que um abraço

forte do mais belo sorriso

imberbe,

que já não sei o que criei

para me afirmar como brasa,

sinto-me sal,

de peito cristalino e derreado,

a lonjura de uma alma temperada pode ser,

deve ser,

a meia gente simples que

me falta para nunca

voar pelos limites do bairro

de mim,

acordo a saber a mal,

com o sangue que não corre,

com o cheiro da desfaçatez,

pedir sono de uma paz marcial,

será o que me resta para

voar a menos que

o xadrez em que me

transformei.....

rodinhas
Enviado por rodinhas em 22/08/2008
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