TEMPOS DE OUTRORA

TEMPOS DE OUTRORA

PASSARINHOS REVOAVAM NA MINHA CANÇÃO CRIANÇA

E EU NA MINHA DANÇA QUE NÃO ERA DE SALÃO,

SÓ OBSERVAVA.

PASSAVA RIACHOS, BANHOS DE RIOS E NAMORINHOS,

BÔBOS,

SÓ NÃO PASSAVA AS AULAS, PARA LOGO CHEGAR AS FÉRIAS,

NA CASA DE VÓ BELINHA.

AH TEMPOS DE OUTRORA QUE OS POETAS CANTAM,

MENINO MALUVIDO QUE NA SAFRA DE MANGA

SE LAMBUSAVA TODO DORMIA SEM TOMAR BANHO,

BARRA-BANDEIRA COM MEUS AMIGOS QUE LOGO VIRAVA

INIMIGOS QUE DEPOIS VIRAVA AMIGOS DEIXANDO SAUDADES,

PRIMEIRO CIGARRO”ARIZONA”, PRIMEIRO GOLE DE RUN,

PRIMEIRO BEIJO, NO OITÃO DA IGREJA PARA CHEGAR

EM CASA COM DOR NO PÉ DA BARRIGA, SEM SABER O

QUE ERA.

ESCUTAR MAMÃE DIZER, ESTE MENINO TÁ FICANDO

DIFERENTE,

O NÓ DA GOELA SE MOSTRANDO, PARA FALAR GROSSO,

MÃO NO BOLSO, COMO RAPAZINHO, AH SE EU PODESSE.

FAZER UM RETORNO NESTA ESTRADA,

COM CERTEZA TIRARIA ESTE NÓ QUE AGORA SINTO

NA MINHA GOELA!