Sem sentido

sem sentido

Tido como covarde , sem fazer alarde ,

Os dias caminhando , pedregosos...

As curvas sentidas como agulhadas.

Acupuntura não elimina mágoas.

Voa a abelha voraz , sobre a rosa em botão,

Aguarda a saída apressada do inverno.

O sobretudo esquecido sobre a poltrona,

No espelho, marcas de batom vermelho,

Uma última olhada pela janela...

O metrô assobia nas curvas de suas pernas.

Entreaberta a porta, avisa o final desta historieta.

Gardênia SP 19/2/2006

Gardênia
Enviado por Gardênia em 19/02/2006
Reeditado em 21/03/2021
Código do texto: T113708
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