Sem sentido
sem sentido
Tido como covarde , sem fazer alarde ,
Os dias caminhando , pedregosos...
As curvas sentidas como agulhadas.
Acupuntura não elimina mágoas.
Voa a abelha voraz , sobre a rosa em botão,
Aguarda a saída apressada do inverno.
O sobretudo esquecido sobre a poltrona,
No espelho, marcas de batom vermelho,
Uma última olhada pela janela...
O metrô assobia nas curvas de suas pernas.
Entreaberta a porta, avisa o final desta historieta.
Gardênia SP 19/2/2006