INCOMPLETA

Volto o olhar para o meu interior.

E o que vejo?

Estampado em cada célula

o enigma de me descobrir incompleta!

Nas ranhuras do inconsciente

crava as garras, pérfido

desejo de aniquilar

parte do meu Eu!

Não, não posso sentir

essa mortalha

cobrir meus anseios.

A volúpia de beber

cada gota de sangue

não me deixa fugir da vida.

Nessa cruenta realidade

o horror de sucumbir

ao esquecimento

de estar dentro de mim!