VOLTANDO NO TEMPO PARA UMA VIAGEM AO FUTURO
Hoje, eu ando por ruas
Estradas que eram nuas
Agora fervilham de estranhos
Que correm tal qual baratas
Fugindo de predadores
Insetos estranhos – sem nome
Sem marcas – olhos da dor
Carícias, castelos, noites insones
Correm carros – antigas carroças
Perfeitos bólides em minhas lembranças
Perfil de criança
Fecha certeira num coração senil
Eu vejo verões adentrando abril
Agora sinto no inverno
Juntas alquebradas
Bengalas sustentando meu corpo
E com ele as minhas memórias...