SER TEMPESTADE
Não quero ser a calmaria de seus dias de outono
Prefiro ser a tempestade dos dias de verão
Que provoca rebuliços
Desmancha, destrói
Mas depois quando acaba
Trás um momento de alívio
Mas sempre deixa marcas
Que jamais serão esquecidas
Talvez amanhã você até busque novamente a calmaria
Em que me transformo após a tempestade
Que não deixou nada em pé
Que tudo saiu carregando, numa avalanche
Que derruba máscaras,
Que desenterra segredos
Que coloca frente e frente o que se é
Diante da impotência do que se fazer
Apenas promete voltar
Deixando que a calmaria assuma
Até que seja preciso novas mudanças
Nova tempestade se forme
E tudo destrua e tudo renove.
Vitória/ES - Em 03/08/08 -