INCOLOR COLORIDO JÁ
Saí a esmo procurando o que não perdi,
por mais que procurasse,
só encontrei o balão roxo da ilusão,
cheio dos meus tristes ais,
carregado de amarelo invisível...
Prossegui, por mais
longa que fosse a minha errante caminhada,
só encontrei bagaços de amores, ressecados e alaranjados,
inertes,
na esquina marrom do nunca mais,
fazendo ponto, largatixeando,
no ontem, no hoje, no amanhã, as vezes verdes,
as vezes azuis...Sempre errante confundível,
no burburinho do preto remoto,
denso e inexplicável colorido embaralhado,
onde o tudo e o nada, eram somente figurantes inexpressíveis
do nunca mais...
No bailado anatômico das cores,
divisei pigmentos atômicos dos tons,
entremeados pelo branco total,
originários dos amores imortais,
existentes na esquina do nada,
oriundos do anacrônico já...
Goiânia, 01 de dezembro de 1999.