INCOLOR COLORIDO JÁ

Saí a esmo procurando o que não perdi,

por mais que procurasse,

só encontrei o balão roxo da ilusão,

cheio dos meus tristes ais,

carregado de amarelo invisível...

Prossegui, por mais

longa que fosse a minha errante caminhada,

só encontrei bagaços de amores, ressecados e alaranjados,

inertes,

na esquina marrom do nunca mais,

fazendo ponto, largatixeando,

no ontem, no hoje, no amanhã, as vezes verdes,

as vezes azuis...Sempre errante confundível,

no burburinho do preto remoto,

denso e inexplicável colorido embaralhado,

onde o tudo e o nada, eram somente figurantes inexpressíveis

do nunca mais...

No bailado anatômico das cores,

divisei pigmentos atômicos dos tons,

entremeados pelo branco total,

originários dos amores imortais,

existentes na esquina do nada,

oriundos do anacrônico já...

Goiânia, 01 de dezembro de 1999.

jurinha caldas
Enviado por jurinha caldas em 28/07/2008
Reeditado em 04/03/2009
Código do texto: T1101012
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.