Oitenta segundos... Uma eternidade...
No céu um sinaleiro
pairando igual colibri
amarelo... Vermelho!
Fazendo-me parar ali.
E no chão asfaltado
na faixa de pedestres
passando hipnotizados
lunáticos e terrestres...
Eu dentro do meu carro
flutuando no tempo
com meus olhos agarro
tudo que contemplo...
Medito ou sonho?
Tudo está tão bom...
E a paz que componho
é quebrada num fom!
O semáforo abrira
o colibri verdejou
o mundo me pedira
para voltar, então vou...
Osvaldo Heinze