fruição

fruir memórias como vagens verdes

ervilhas

que se descascam tenras na serenidade da tarde

dum tempo antigo

bago a bago

grão a grão

guardá-las

preservadas,

ensinamentos, provimentos em tempos escassos

de sabedorias ancestrais.

e, em demanda e fruição,

fruir e replantar

sementes d’inseminação, sémen e orgasmos,

em horizontes inconfessáveis à fome alada de teus braços.

Mel de Carvalho
Enviado por Mel de Carvalho em 08/07/2008
Código do texto: T1070501
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