O Silêncio Dizível
Tempos estranhos
de vidas esmagadas
que se perdem em veias suturadas.
Esmagadas pela opacidade
mediana do cotidiano,
da pressa que aniquila paisagens.
Insano desejo do sempre igual.
O perfume de um bater de asas,
borboletas azuis...
acalenta-se na alma de poucos.
Abundância etérea,
mas plena de ardor.
Eu quero a riqueza das lacunas subterrâneas.