O Silêncio Dizível

Tempos estranhos

de vidas esmagadas

que se perdem em veias suturadas.

Esmagadas pela opacidade

mediana do cotidiano,

da pressa que aniquila paisagens.

Insano desejo do sempre igual.

O perfume de um bater de asas,

borboletas azuis...

acalenta-se na alma de poucos.

Abundância etérea,

mas plena de ardor.

Eu quero a riqueza das lacunas subterrâneas.

Ana Paula Perissé
Enviado por Ana Paula Perissé em 05/07/2008
Código do texto: T1065799
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.