VIAGEM BIPOLAR
Nas ladeiras sinuosas
Que avisto todos os dias
Deposito minha coragem e ousadia
Pontilho o chão de luzinhas.
Como uma pista de vôo
Sem nunca decolar ou pousar
Só para ver e saber o percurso
E sob a neblina ainda vejo seu brilho
E sob a chuva ainda vejo seu brilho
Em meus cansaços
Enfraqueço a trilha
Em meus absurdos
Desmantelo a ordem
Desço velozmente, sobressaltada.
Tão fugaz em risos!
Uma alternância de temperamentos
Hora subo lentamente, desconectada.
Como uma viagem bipolar,
Sem saber onde parar.