Poeira no universo
“Eu não sou daqui
Perdi o meu assento
Já não faço parte desse mundo de lamento
Eu não sou de nenhum lugar
Nem daqui nem dacolá
Sou como um nômade que vive a migrar
Sempre procura de novos ares
Eu sou mais uma poeira nesse universo
Que é levada a qualquer lugar
Sou apenas um ser mundano sem amarras
Que se desprendeu para aprender a voar
Eu sou como o tempo
Que passa sem olhar para trás
Numa trajetória tão fulgaz
Eu sou como a brisa
Como a correnteza
Que vai de encontro ao seu destino
Sem barreiras
Eu sou a liberdade
Sob forma de gente
Que prefere andar errante
A ter um lar
Eu sou a liberdade
Que saiu do seu casulo
Que encontrou a sua razão de existir
Neste mundo obscuro
Fiz do meu livre arbítrio
Uma forma de me achar
Descobrindo um mundo novo
Longe do meu assento
Perto de qualquer lugar...”