Vertigem
Revelações Vulcânicas.
Descem lavas em seu eterno porvir.
Consumindo-me,
preparando-me, quiçá,
novamente,
para o ardor da solidão
que em ti reverberou.
Jazendo, aos meus pés,
tropeços de cinzas reluzentes,
amorfas,
de mim.
Quando eu te fujo
é porque o clamor incensado me chama
sem clemência e sem perdão.
Ah! A tormenta do chamado
que alimenta voraz o segredo,
intumesce meus seios,
dilata meus poros
enrubesce minha face
à brisa fresca do calor distante
Quando eu te fujo,
é porque o medo sopra em incêndio
consumindo etéreas chances de me libertar.
Vai-te poesia,
terror compulsivo,
aninhar-me em teu colo
tripudiando de mim
com a vil liberdade
de uma Vênus ardorosa.
Vertigem.