Nobre Canção

Vi passar uns olhos negros...

Eram filhos de rei.

Num campo de jubileu,

Dum degrau que calejei.

Tua saga berço meu.

Uma nobre canção dum nobre sincero.

A hora é a vez do tenor.

Viro barril,

Viro azul.

Vindos do norte,

Vindos do sul.

Nem vi passar uma mulher em cem carreiras...

O tempo é corrido,

Mas alguma coisa se faz bem aqui.

Um barco avante à ilha do peso...

O sol era um dos dedos

E a lua os seus cabelos.

Cílios marrentos.

Voz de assobiar.

É a gota no garguelo do sentir.

Venha comigo,

Venha por si.

Essa aventura é do mundo inteiro...

Eu, quando sinto aquela canção não tenho medo.

Fico regente do meu caminho.

Mas eu vi passar uns olhos negros...

Posso até viver sem encontrar seu ninho.

Encontrei-me por não seguir ouvir sossegos.

Que o céu era uma das mãos...

Mas o que poderia ser estrelas caiu de suas pernas.

Nem contava a beleza disto tudo.

Eram somente riscos sobre planos exatos...

Uma épica canção dum épico sincero.

Enxugo o rio que suas faces colorem...

Um brilho e tanto de conversas de imagens.

A hora é a vez da flor que canta louvor.

Miro sandices e reveladoras paisagens.

Entendei...

Olhos negros são passatempos que vem.

Mas não me pergunte o que se passou...

Não sei.