DOCE INOCÊNCIA

No descanso do teu corpo

Repousa a mais pura inocência

Na espreguiçadeira a ninar-te

Com nosso hino de amor.

Sua beleza convida-me a beijar-lhe

As bochechas vermelhas como um caqui

Dando-me a tão nobre sensação

De um cacto

E me abasteço de sua saliva

Fartando-me, por dias e dias.

E nossas vidas homogêneas

Com carícias tais que fazem luzir

Como enorme cristal, feito fagulha lunar,

No iluminado céu

Deixando em desalinho os nossos corpos

Enlameados de prazer.

Lili Ribeiro