Praias

Os mares verdes inconfidentes da alma

Que eu vejo no cingir do sol

Na areia branca que se molda no meu corpo

O céu alaranjado que se abre

Vendo o mar que vem e vai

Numa continua dança constante

As espumas brancas que batem meu pé

Faz me sentir um pouco daquilo em mim

Que ao bater inflige ao imo

Ao ir leva uma parte dele

Tornando-me o mar

O céu e o amar

As nuvens ínfimas passam

Manchando um pouco do clarear

Nas águas dançantes o reflexo da luz

Percorre da margem até o horizonte

Numa linha de prazer aos meus olhos ardentes

Passagem fixa na minha mente

Constantemente rompe esse mundo

Ao ver crepúsculo e o mar se fundirem

Sinto-me também participar dessa fusão

Transcendental das imagens

Belas são as praias fortalezenses

Que me iludem ao deleite

De elas me encantar

Vejo meu eu nelas me formar

Praias, mares e crepúsculo.