OLHANDO O CÉU
Agora que estamos sentados e esperando,
contamos as estrelas que brilham no céu.
Imaginamos viagens fantásticas, irreais,
seguimos os caminhos que foram criados,
com intuito desta vida, até fuga da morte.
Seguimos pensando e olhando as estrelas,
olhamos outros seres de olhos estranhos.
Embarcamos em naves de todos tamanhos,
viajamos nos cosmos de formas diversas,
através da realidade e do sonho também.
Ouvimos todos gritos através do silêncio,
que ecoam nos tímpanos, atentos a tudo.
Escutamos palavras, fingimos ser surdos,
procuramos verdades atrás das mentiras,
que foram criadas, só para nossa ilusão.
E quando abrimos nossos olhos atentos,
ficamos qual cegos, sem poder nada ver,
que esteja além dos próprios sentidos,
que parecem atentos a tudo ao redor.
Seguimos caindo, pedindo e chorando.
O frio da noite que chega depressa,
imprime arrepio no corpo que treme.
A brisa que sopra do leste pro oeste,
esfria, arrepia, nos infunde o medo,
até sem sabermos de tudo ou de quê.
Agora a estrela errante que cai, atraí,
a simples visão que segue o movimento.
Quando a estrela que cai, se queima se vai,
apaga-se diante dos olhos, no firmamento,
desfaz-se na entrada, se queima em momentos.
E os sonhos se seguem, continuam a existir,
mesmo além da vontade de todo sonhador.
De todo que encara a vida sem sofrimento,
pensando em tudo e esperando o momento,
de transformar em real, o seu pensamento.
VEM. 27/06/02-