Quando voam de mim, eu sou as asas.
Ela sonhou com flores e luz.
Viu-se correndo em um campo ensolarado.
Não, não corria... Ela planava.
Flutuava, por sobre aquele lugar mágico.
Uma das mãos... Agitada.
A outra pendia, às flores acariciava... Suave.
Tinha medo de machucá-las, de perdê-las... Eram tão lindas.
E todas suas...
Eram perfeitas.
Sorriam pra ela e ela as olhava.
Seu coração transbordava... euforia, temor,
alegria... amor.
E muito mais, que ela não saberia explicar...
Nem ninguém entender.
Na retina, a imagem viva, do vasto tapete colorido.
Na mente, a certeza do que vira... a sua própria morte.
Agora, acordada, ela sorria.
Uma lágrima inevitável desce e toca aos lábios,
ainda... sorrindo.
Ela achou lindo.
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