Caminhos transcendentais
Da minha rua olho a Cíntia*
Olho com calmaria minha alma
Fico transcendente perante a tudo
Vejo-me no muro que divide o firmamento
Rebento as damas na cama sem seus veles
Os males extinguidos do mundo
Eu dentro do buraco profundo
Os hesitares, agora são respostas
Do crepúsculo inexistente
Inalterável dos meus sonhos
Vejo-me aprisionado a tudo
Agora na mente indecente
Nas placas não lidas
Que sequem minha estrada
No atalho que perigoso
Que sempre vivi
Vejo-me ali, aqui
No nada, profano a mim mesmo
Não li as placas não lidas
Que diziam sobre minha vida
Que diziam que eu viveria
Corri pela estrada na contramão
Afim de conhecer minha razão
Bati de cara no muro que divide tudo isso
Bati de cara na razão pré-fabricada
A Cíntia agora me ilumina no luar
O sol me esquenta, na estrada
Árdua, perigosa e esquisita de minha vida
Somente curvas e desvios nunca linha reta
Pois minha vida é de duvidas
E desvios e não de razão
Minha estrada é indecisa
Indeciso coração
* Cíntia = Lua