Bilhete escrito, lágrima de saudade...
Águida Hettwer
Abri os armários de recordações e deixei as emoções fluírem, folheando páginas viradas, vidas separadas, lugares distantes ficaram para trás, através dos vidros da janela foi distanciando cada vez mais.
Páginas marcadas, perfume entranhado na alma há tanto tempo, a letra quase que desenhada, histórias contadas, amores vividos, paixões adormecidas, revivi cada momento.
Lágrima derramada, feito chuva repentina, embaciando a visão, escorrem sem cessar, sinto a mesma sensação de quinze anos atrás, como o coração adolescente e uma mente confusa e difusa querendo ser gente.
Lembranças guardadas, com sete chaves fechadas, baú de profundas emoções, rosas como marcadores de página, contam suas histórias na doce melodia, na sensibilidade do toque dos dedos, nos olhos que se fecham na entrega do primeiro beijo.
Sapatilhas e meias de seda, vestidos de renda, colar de pérolas, no palco da vida, abriram-se as cortinas, ouço os aplausos, curvo a cabeça, segurando o vestido,
Na ponta do pé e mãos ao alto, desenho no ar movimentos suaves e delicados, giro alguns segundos, no recitar do verso vejo o mundo em minha volta.
Luzes da ribalta, na bruma da solidão, perdem a razão, vivo apenas de emoções.
Bilhete selado, antigo e atual namorado, versos recheados de paixão e ternura, ainda guarda no olhar a mesma doçura, que o tempo não apagou, traços marcados pela maturidade, a idade pouco importa, menino corre, abre as portas onde a luz permeia, estou grudada nessa teia de ilusões.
Escrito em: 16.07.2005
Por Águida Hettwer
Águida Hettwer
Abri os armários de recordações e deixei as emoções fluírem, folheando páginas viradas, vidas separadas, lugares distantes ficaram para trás, através dos vidros da janela foi distanciando cada vez mais.
Páginas marcadas, perfume entranhado na alma há tanto tempo, a letra quase que desenhada, histórias contadas, amores vividos, paixões adormecidas, revivi cada momento.
Lágrima derramada, feito chuva repentina, embaciando a visão, escorrem sem cessar, sinto a mesma sensação de quinze anos atrás, como o coração adolescente e uma mente confusa e difusa querendo ser gente.
Lembranças guardadas, com sete chaves fechadas, baú de profundas emoções, rosas como marcadores de página, contam suas histórias na doce melodia, na sensibilidade do toque dos dedos, nos olhos que se fecham na entrega do primeiro beijo.
Sapatilhas e meias de seda, vestidos de renda, colar de pérolas, no palco da vida, abriram-se as cortinas, ouço os aplausos, curvo a cabeça, segurando o vestido,
Na ponta do pé e mãos ao alto, desenho no ar movimentos suaves e delicados, giro alguns segundos, no recitar do verso vejo o mundo em minha volta.
Luzes da ribalta, na bruma da solidão, perdem a razão, vivo apenas de emoções.
Bilhete selado, antigo e atual namorado, versos recheados de paixão e ternura, ainda guarda no olhar a mesma doçura, que o tempo não apagou, traços marcados pela maturidade, a idade pouco importa, menino corre, abre as portas onde a luz permeia, estou grudada nessa teia de ilusões.
Escrito em: 16.07.2005
Por Águida Hettwer